Nossa Missão:

COMO EDUCADORES FÍSICOS PREOCUPADOS COM O BEM ESTAR, A SAÚDE E A QUALIDADE DE VIDA DOS NOSSOS CLIENTES, TEMOS COMO MISSÃO:

- Oportunizar de maneira Programada, Orientada, Segura e Saudável uma Atividade Física Agradável, Prazerosa, Motivante e de Fácil Acesso, de preferência ao Ar Livre e em Ambientes Naturais.
Queremos com isso Desenvolver e Aprimorar as Capacidades Aeróbias e Anaeróbias, da Resistência e Força Muscular, da Velocidade e Potência, da Agilidade e Equilíbrio, e também da Flexibilidade. E ainda promover a Sociabilização!
Competir, Chegar em Primeiro, Treinar Mais, Correr Mais, Reduzir Tempos... Isso não é mais Importante do que Viver Mais e Melhor!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CORRIDA EM TRILHAS - TREINAMENTO PARA INICIANTES



Material Excelente, sequestrado do Blog do meu Amigo George Volpão: http://georgevolpao.blogspot.com 
E com a sua devida autorização, reproduzo na íntegra!


Obs: As Imagens foram retiradas por mim, da Internet! (via Google Images)


"Muito pouco material é encontrado em língua portuguesa quando tratamos de treinamento direcionado para Corridas de Montanha. Primeiro pela pouco conhecimento do esporte em nosso país. Segundo porque o calendário de provas não é muito intenso e permite que mesmo sem treinamento específico, os corredores que treinam apenas em asfalto obtenham bons resultados. Mas neste espaço aqui vou passar algumas dicas que considero importantes e que fazem a diferença."


"Temos um número reduzido de provas de corrida de montanha (trail run) em nosso país. Em alguns estados por exemplo elas sequer foram realizadas alguma vez na vida, principalmente na região norte e nordeste. Da mesma forma, apenas recentemente as corridas em trilhas vêm atraindo as pessoas para seus encantos e diferenciais, principalmente para quem busca um pouco mais de sossego. Não muito longe das grandes cidades é possível encontrar bons lugares para curtir uma boa corrida em meio a natureza."


"COMO TREINAR PARA CORRIDAS EM MONTANHA?"


"O treinamento para iniciantes em corridas em montanha não difere tanto para o que corre em rua. Na verdade, temos dois tipos de iniciantes. O iniciante nas corridas em geral e o cara que já corre há algum tempo na rua e quer partir para as trilhas. Para os que se encaixam nesses dois perfis segue algumas dicas comuns:" 


"Quem está começando, deve treinar em montanhas no máximo uma vez por semana." 

"Treinar em terrenos irregulares, mesmo com toda a vantagem de correr em terra e grama no que tange a absorção de impactos, os desníveis altimétricos que se acumulam significam uma carga extra que muitas vezes os iniciantes podem não suportar. É preciso “acostumar” o sistema músculo-esquelético às corridas em terrenos mais planos antes de se aventurar pelas pirambeiras típicas das corridas em montanha. 
Mesmo muitos atletas competitivos não treinam mais que uma vez por semana em trilhas acidentadas, pois podem acontecer acidentes durante os treinos bem como lesões por repetição."

"Considere também o investimento em um calçado específico." 
"Ter nos pés um tênis em que você pode confiar na hora daquela passada mais longa ao superar um obstáculo ou naquela descida úmida e íngreme que aparece, tornará as corridas em montanha mais divertidas ainda. Os tênis para corrida de rua não lhe darão o mesmo suporte na passada e se desgastarão com mais rapidez."


"Treine acompanhado sempre que possível." 
"É muito mais divertido e seguro. Além disso vocês podem compartilhar diferentes impressões sobre o treino, o terreno e mais." 


"Participe de algumas competições." 
"Por mais que você não seja (ou não queira ser) um atleta competitivo, vale a pena encarar uma das provas que existem no Braisl. Elas trazem diversão, desempenho e tem um lado “social” bem interessante. É uma tribo diferente e bem descontraída." 


"Quando for treinar em trilhas procure locais que exijam de você." 
"Não adianta ir correr em uma trilha plana, em um gramadinho sem graça. Tem que ter dificuldade, subidas que somente sejam superadas caminhando, descidas que exijam cuidado e atenção e obstáculos que exijam “olhos nos pés”. E sobre isso explico abaixo." 


"Treine sua Propriocepção." 
"Este palavrão significa a capacidade que o corpo tem em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Treinamento funcional ajuda, mas o ideal mesmo é ir para as trilhas e correr, de preferência em terrenos acidentados e com obstáculos. Ao correr no asfalto muitas vezes não precisamos sequer olhar para o chão logo a frente, pois o piso é regular e seguro. Em trilhas não. É preciso estar atento sempre. No próximo passo e na montanha à frente que se avizinha. E isso só evolui ao treinar."     


"Em algumas subidas é preferível caminhar do que correr." 
"Sim, você mesmo pode fazer o teste ao encontrar uma rampa empinada. A sua frequência cardíaca será ligeiramente menor se você caminhar a passos largos do que ficar trotando pirambeira acima a mesma velocidade. O trotinho consome mais energia pois é necessário um impulso para realizá-lo. E nessas horas não adianta lutar contra a gravidade. E falando a real, se você acha que a subida será longa e íngreme, certamente é hora de caminhar. Você poupará uma boa dose de energia que com certeza utilizará em terrenos mais vantajosos. Em várias competições eu ultrapassava pessoas na reta final de chegada, no último quilômetro, por ter me poupado no começo. Nas subidas iniciais eu via essas pessoas passando por mim feito loucas, como se estivessem em terreno plano. Na dúvida, poupe-se! Aos poucos você irá pegar a manha certa."   


"Comece aos poucos, mas não deixe de experimentar uma prova longa." 
"Só uma prova com mais de 12 km pode trazer a real experiência das corridas em trilhas. Minhas favoritas são as de 21 km. Acho a distância ideal, aquela que fica no limite da dor e do prazer. Este ano vou provar uma maratona em trilha, vamos ver se estendo esse limite. Provas com menos de 10 km só pra se divertir mesmo, até porque normalmente não contam com grandes desafios, deixando sempre um gostinho de "quero-mais"."


"Tenha calma. Os resultados (e as "manhas") vêm aos poucos." 
"Não é porque você se bateu naquele cruzo de rio ou porque “afogou” em uma rampa mais forte que você não leva jeito pra coisa. Tudo tem seu tempo e ninguém nasce correndo.Bem foram só mais alguns toques." 


"Como este espaço aqui é um blogue e não uma revista, reservo-me no direito de, quem sabe, esquecer algo. Não por maldade, mas por falta de memória mesmo. O lance é ir acompanhando direto pois sempre vai ter coisa nova sendo jogada neste espaço. Espero que seja útil." 


"E mandem as sugestões críticas e blablabla. Um grande abraço!"           

Por George Volpão




Você pode Ler mais em: http://georgevolpao.blogspot.com


Quem é George Volpão:
(retirado do Perfil do Face Book - https://www.facebook.com/gevolpao?sk=info)


Montanhista e maratonista, George José Volpão nasceu em Curitiba - PR  á 34 anos. Reside atualmente em Campina Grande do Sul, a apenas 30 quilômetros da capital paranaenses, junto às encostas da Serra do Mar. 
Além do Paraná, já percorreu em trilhas em Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Argentina e Chile. 
Oriundo do montanhismo, George busca correr em trilhas pelo mundo todo, unindo a paixão pelas montanhas com o prazer proporcionado pelas corridas de longa distância. Atualmente trabalha como coordenador de marketing e e-commerce na Jamur Bikes, empresa localizada na capital paranaense.

Nas montanhas brasileiras desde 1995, teve participação ativa no cenário montanhista paranaense logo após o ano 2000. Neste tempo contou com centenas de incursões pelas montanhas brasileiras, fazendo do montanhismo não só um estilo de vida mas também uma maneira de encarar o mundo.

Além da vida nas montanhas e nas estradas, George se dedica a escrever bastante também, tendo uma grande coleção de textos já publicados em sites e revistas. Da mesma forma, mantém um blog pessoal, onde exercita seu prazer em escrever.

A mudança de ares para Belo Horizonte - MG, onde viveu por entre 2008 e 2009, trouxe também novos objetivos e interesses. Tendo já participado em anos anteriores de corridas de rua e de montanha, decidiu investir pesado nessas modalidades em 2009, competindo nas principais provas longas da modalidade. No último semestre daquele ano, completou cinco maratonas em apenas cinco meses, sendo três delas em trilhas, consideradas as mais difíceis do país. Entre estas vale citar o Desafio Praias e Trilhas e a K42 Bombinhas. Para 2010, além de ter repetido sua participação (e melhorado sua colocação) na K42 Bombinhas, encarou sua primeira prova com mais de 42 quilômetros de uma só vez, na Ultramaratón de Los Andes, realizada no mês de outubro.











quinta-feira, 23 de junho de 2011

TEMPO RUN

Conheça as vantagens deste tipo de treinamento e o momento certo de encaixá-lo em seu cronograma:




O nome pode parecer estranho para alguns, mas não há discussão sobre os seus efeitos. O Tempo run, ou treino ritmado e intervalado de média e longa duração, como também é chamado, propõe aos atletas uma experiência diferente: a junção de um melhor desempenho nos treinos com o aumento da auto-estima e confiança durante as provas.Confundido muitas vezes com o treino intervalado comum, o tempo run tem um foco diferente. É recomendado principalmente para atletas intermediários e avançados, que já possuem certa experiência no esporte. Esse treinamento baseia-se em exercícios intervalados mais longos do que o comum. Com tiros maiores, o pace deve ser no ritmo pretendido durante a prova, mas com uma zona de segurança, para que não haja no acúmulo excessivo de ácido lático e um longo desgaste. “Esse exercício deve ser usado como parâmetro de avaliação de atletas, a partir do seu nível técnico, obtendo os resultados em médio a longo prazo. Assim os atletas saberão como será o ritmo da prova que disputarão”. Esse reconhecimento que atleta terá durante a prática deste treino deve ser bem cauteloso. Como o exercício é focado na velocidade, para se acostumar ao ritmo de prova, o esforço demasiado pode trazer problemas musculares, nada agradável pra quem está prestes a entrar em uma competição. 


Exercício completo: 


O tempo run é considerado um exercício completo e querido pelos corredores de alto nível, já que seus resultados são bons e trazem grandes benefícios. Além da parte fisiológica, que ganha em acréscimo na musculatura e no ritmo imposto na prova, esse treino também contém outro ingrediente indispensável durante as competições: a auto-estima e a confiança nas passadas.“O corredor terá muito mais confiança na hora de correr. Se ele tinha dúvidas do momento exato de forçar e imprimir seu ritmo, com esse exercício ele terá a consciência da hora certa e não terá mais aquela desconfiança que acaba atrapalhando durante a prova”, diz Paulo Rennó, técnico de corridas. Antes de começar a intensificar suas passadas, é necessário saber se seu corpo consegue seguir firme com o aperfeiçoamento da perfomance. 


É sempre bom consultar um médico e realizar os seguintes exames: Teste ergométrico (que irá analisar a quantidade de batimentos por minuto e sua frequência cardíaca);controle de pressão arterial (para identificar uma possível hipertensão ou hipotensão) e um hemograma completo (determina a quantidade de hemoglobina, glóbulos brancos, vermelhos e as plaquetas. Pode detectar uma possível anemia).


Planilha:


Se você quer apertar ainda mais suas passadas e melhorar sua velocidade, inclua no seu cronograma o treino tempo run. 



 Ritmos nos treinos baseados em uma corrida de 10 km recente:

Tempo recente em
corrida de 10km
Treino leveLongãoTempo RunRepetições de
 800 metros
32:004:29 min/km4:09 min/km3:18-3:20 min/km2:25-2:35
33:004:37 min/km4:17 min/km3:24-3:26 min/km2:30-2:40
34:004:45 min/km4:24 min/km3:30-3:33 min/km2:34-2:45
35:004:53 min/km4:34 min/km3:36-3:40 min/km2:38-2:50
36:005:01 min/km4:42 min/km3:42-3:46 min/km2:43-2:55
37:005:08 min/km4:50 min/km3:48-3:52 min/km2:47-3:00
38:005:16 min/km4:58 min/km3:54-3:59 min/km2:51-3:05
39:005:25 min/km5:07 min/km3:59-4:05 min/km2:56-3:10
40:005:33 min/km5:15 min/km4:05-4:11 min/km3:00-3:15
41:005:41 min/km5:23 min/km4:11-4:18 min/km3:04-3:20
42:005:48 min/km5:30 min/km4:17-4:24 min/km3:08-3:24
43:005:56 min/km5:38 min/km4:23-4:30 min/km3:13-3:29
44:006:04 min/km5:46 min/km4:29-4:37 min/km3:17-3:34
45:006:12 min/km5:54 min/km4:34-4:44 min/km3:21-3:39
46:006:20 min/km6:02 min/km4:40-4:50 min/km3:25-3:44
47:006:27 min/km6:10 min/km4:46-4:56 min/km3:30-3:49
48:006:35 min/km6:18 min/km4:52-5:02 min/km3:34-3:54
49:006:43 min/km6:26 min/km4:57-5:08 min/km3:38-3:59
50:006:51 min/km6:34 min/km5:03-5:15 min/km3:42-4:04
51:006:58 min/km6:42 min/km5:09-5:21 min/km3:46-4:09
52:007:06 min/km6:50 min/km5:15-5:28 min/km3:51-4:13
53:007:14 min/km6:57 min/km5:20-5:34 min/km3:55-4:18
54:007:21 min/km7:05 min/km5:26-5:41 min/km3:59-4:23
55:007:29 min/km7:13 min/km5:31-5:46 min/km4:03-4:28
56:007:37 min/km7:21 min/km5:37-5:53 min/km4:07-4:33
57:007:44 min/km7:29 min/km5:43-5:59 min/km4:11-4:37
58:007:52 min/km7:36 min/km5:48-6:05 min/km4:15-4:42
59:008:00 min/km7:44 min/km5:54-6:11 min/km4:19-4:47
60:008:07 min/km7:52 min/km5:59-6:17 min/km4:24-4:52


Fonte: http://www.copacabanarunners.net

PERIODIZAÇÃO


Estes gráficos apresentam ciclos de treinamento de alguns autores para você ter exemplos da divisão em fases. Saliento que são apenas exemplos, pois o atleta pode necessitar de uma fase especificamente maior ou menor. Com os gráficos você pode verificar as diferenças e semelhanças dos autores em relação à divisão do treinamento em fases.



Daniels' Running FormulaExemplo de periodização de Jack Daniels, PhD. Baseado no livro : 
Daniels' Running Formula - Jack Daniels - Ed. Human Kinectics.




Gráfico : Exemplo de Periodização de Jack Daniels


FaseDuração
Treinamento chave
Ênfase (p/maratona)
1 – Construção de base"Foundation"
6
semanas
Treinos de intensidade leve. Entre 65 e 80% da sua FcMax promovem ganho de resistência a contusões.
Treinos de intensidade leve
2 – Qualidade inicial"Early quality"
6
semanas
Repetições de até 2 minutos e não superiores a 600m. Ritmo de 6 segundos por 400m mais rápido que seu ritmo no limiar anaeróbico. Recuperação total entre repetições. Volume de até 5% da Km/semanal.
1 - Repetições;2 - Treinos no  limiar anaeróbico;




3 - Longas
3 – Qualidade de transição"Transition quality"
6
semanas
Treinamento intervalado. Intervalos em ritmo de corridas de 3-5 Km com duração de até 5 minutos. Tempo de recuperação igual ao do intervalo. Volume não maior do que 8% da Km/semanal com limite máximo de 10 Km.
1 - Intervalados ;2 - Treinos no
limiar anaeróbico;

3 - Ritmo de maratona
4 – Qualidade final"Final quality"
6
semanas
Treinamentos no
limiar anaeróbico e competições. Treinos 87 e 90% da FcMcontínuos de até 20 minutos ou em intervalos de 3-10 minutos com curto período de recuperação (Ex. 5x1.600m p/1 minuto de recuperação).
1 - Treinos no
limiar anaeróbico;
2 - Longas combinadas
com corrida no
limiar anaeróbico

3 - Ritmo de maratona
Tabela baseada no livro Daniels' Running Formula, Human Kinetics, 1998,
páginas 51-56, 80, 94-97, 104-112, 114-118, 126-141, 149.


Exemplo de periodização anual simples de Jürgen WeineckBaseado no livro
Treinamento Ideal - Jürgen Weineck - Ed.Manole.


Gráfico : Exemplo de periodização de Weineck

FaseDuraçãoDescrição
Preparação24 semanasDividido em 4 etapas :
EtapaTreino
1
Duração extensivo - longas distâncias em intensidade aeróbica
2
Intervalado extensivo. Volume alto e intensidade baixa. Ex : 8x1.000m com 4 minutos de recuperação trotando
3
Intervalado intensivo. Volume baixo e intensidade alta. Ex : 2 séries de 2x1.000m com 5 minutos de recuperação caminhando e 10 minutos de intervalo entre as séries
+
Duração intensivo - longas distâncias no limiar anaeróbico
c/duração máxima de 60 min p/experientes e 15min p/amadores. Utilizar com cautela
4
Repetições. Como o nome diz, repetições de uma mesma distância em velocidade cada vez maior. Estímulos de curta (10 seg.), média (1 minuto) e longa (2 minutos) duração produzem efeitos de treinamento distintos.
Polimento6 semanas
Redução da carga total do treinamento com cargas de curta duração e grande intensidade
Competição18 semanas
Auge da performance. Participação em competições aumentam a capacidade do atleta de se adaptar às condições das mesmas.
Destreinamento4 semanas
Redução gradativa e premeditada do alto estado de treinamento. Procurar evitar síndrome de retirada aguda com o interrompimento ou diminuição drástica do treinamento.
Tabela baseada no livro Treinamento Ideal, Jürgen Weineck, E. Manole, 1999,
páginas 159-172, 197-200.


Exemplo de periodização de Arthur LydiardBaseado no livro
Running to the top - Arthur Lydiard - Ed. Meyer & Meyer Sport

Gráfico - Exemplo de periodização de Lydiard

FaseDuração
Treinamentos chave (p/maratona)
1 – Condicionamento Aeróbico"Conditioning"
12
semanas
ou mais
Treinamento aeróbico longo. 60 a 90 minutos com uma longa por semana acima de 120 minutos.
2 – Treinamento em Ladeiras"Hill Training"
4
semanas
Treinos em ladeiras para adicionar resistência ao músculos das pernas e desenvolver as fibras musculares, particularmente as de contração rápida.
3 – Treinamento Anaeróbico"Anaerobic Training"
4
semanas
Repetições de 800m, 1000m e 1.500m para desenvolver a capacidade anaeróbica.
e
"Time trials" correndo a 7/8 do esforço (constante) nas distâncias de 2.000m, 3.000m e 5.000m
4 – Treinamento de Coordenação"Co-ordination Training"
5
semanas
"Time trials" e trotes ("jogging"). Diminuição leve do esforço. Uma simulação da corrida desde 32 Km.
Tabela baseada no livro Running to the Top, Arthur Lydiard, Meyer & Meyer Sport, 1995,
páginas 78-81, 105-106, 111-113.

10 PASSOS PARA UMA CORRIDA EFICIENTE



Melhorar sua performance na corrida requer que estabeleça metas e trace planos para atingi-las. Um programa de treinamento descreve os passos envolvidos para alcançar seu objetivo. 
Desta forma, seu progresso como corredor somente será tão bom quanto a sua habilidade de planejar... ou ter alguém para executar esta tarefa tão fundamental! 
O planejamento eficiente é de fato muito simples, apesar do processo ser complexo. Ele começa determinando onde você está agora, aonde quer chegar e o progresso necessário para chegar lá. Se você mantém registros de seu treinamentos e performance nas corridas, então a eficiência do seu planejamento tenderá a ser melhor cada vez que passar para um novo ciclo.

Descreverei um processo de 10 passos para desenvolver e avaliar os planos de treinamento. Vamos pelo processo, passo a passo:

Passo 1: Selecione uma corrida-meta, a qual deverá estar a pelo menos há 15 semanas de distância, de modo que tenha tempo suficiente para treinar e melhorar sua performance de forma significativa. Seu objetivo deve ser difícil o suficiente para ser motivador, mas não tanto a ponto que não o consiga visualizar alcançando.

Passo 2: Reserve as últimas 2 ou 3 semanas anteriores à corrida-meta para polimento do treinamento. Ao diminuir seu treinamento, você permite ao seu corpo reconstruir-se para atingir o pico de força. Geralmente, quanto maior for a corrida, maior será o polimento necessário para a performance ótima. Se a distância de sua corrida-meta for de 1/2 maratona ou menor, então 2 semanas de polimento devem ser suficientes para deixá-lo otimamente preparado para o dia da competição. Para uma maratona, a melhor opção é um polimento de 3 semanas. 

Passo 3: Planeje uma semana para recuperação a cada 3 a 6 semanas no seu programa. Semanas para recuperação são um fator crítico para o sucesso ao permitir ao seu corpo adaptar aos treinos-chave que você coloca nas semanas duras. Semanas para recuperação o ajudam a evitar overtraining e reduzir a probabilidade de lesão ou doença. Uma regra básica para a semana de recuperação é fazer de 60 a 70% do volume de treinamento da semana anterior e não incluir qualquer sessão de treinamento forte como intervalados.

Passo 4: Insira várias competições de preparação para condicionar-se mentalmente e fisicamente aos rigores da corrida. Uma competição de preparação é uma simples corrida de menor importância que você usa para ajudar na preparação da sua corrida-meta. 
Corridas de preparação servem a três propósitos, elas: 
1) o fazem passar pelo nervosismo de uma competição, o que ajuda a reduzir a ansiedade antes da sua corrida-meta; 
2) o fortalecem fisicamente e mentalmente ao levá-lo ao seu limite; e 
3) promovem feedback sobre o seu nível de condicionamento atual.
  
Competições de preparação são geralmente menores do que a sua corrida-meta, então você pode praticar treinar no seu ritmo meta, ou um pouco mais rápido, por um período sustentado. Você também pode querer incluir uma ou duas competições na mesma distância da sua corrida-meta para medir a eficiência de sua preparação. Um planejamento típico poderia incluir competições de preparação 1, 4, 6 e 10 semanas antes da corrida-meta.

Passo 5: Entre as semanas para recuperação, há um bloco de 3 a 5 semanas no qual você colocada os treinos fortes para melhorar a sua forma. Agora você precisa decidir quais serão suas prioridades de treinamento em cada bloco de treinamento. Sequênciar de forma lógica,  inteligente e segura as prioridades para seus blocos de treinamento é chamado de periodização. Um profissional poderá ajudá-lo nesta tarefa!
Há várias formas possíveis de categorizar o treinamento. Quatro categorias simples que são muito usadas:


Resistência (sua capacidade de correr longas distâncias); 
Limiar de Lactato (sua capacidade de manter um ritmo rápido por mais de 20 minutos); 
VO2 máximo (sua capacidade de correr rápido por até 10 minutos); e Velocidade (sua capacidade de correr rápido por menos de 1 minuto).

Durante cada bloco de treinamento, você terá um objetivo principal, um objetivo secundário e um terceiro objetivo menor, os quais são selecionados das 4 categorias de treinamento. 
Quais tipos de treinamento que você deve enfatizar em cada bloco de treinamento depende da distância da corrida, quantas semanas faltam para ela, e de seus pontos fortes e fracos como corredor. 
Por exemplo, com 20 semanas faltando para uma maratona, seu objetivo principal deveria provavelmente ser enfatizar a resistência, enquanto que com 5 semanas antes de uma competição de 10 km você possivelmente deveria enfatizar treinos no Vo2 máximo.  
Uma orientação útil para a periodização do treinamento é: quanto mais perto da corrida, mais os seus treinos devem ser específicos para competição.

Aqui está uma progressão típica na preparação para uma corrida de 5 ou 10 Km: 

Periodização de 5-10 km

Bloco
Prioridade 1
Prioridade 2
Prioridade 3
1
Resistência
Limiar de Lactato
Vo2 máximo
2
Limiar de Lactato
Resistência
Vo2 máximo
3
Limiar de Lactato
Vo2 máximo
Resistência
4
Vo2 máximo
Limiar de Lactato
Velocidade


Passo 6: Selecione 3 dias por semana para seus treinos duros, permitindo pelo menos um dia de descanso ou treino leve entre eles.

Passo 7: Insira os treinos-chave em cada semana do seus blocos de treinamento de acordo com os objetivos selecionados no Passo 5. Exemplos dos tipos mais eficientes de treinos para os quatro objetivos de treinamento estão mostrados na tabela abaixo. Mais exemplos são fornecidos no livro Road Racing for Serious Runners
Objetivo de treinamento 
Tipo de treino
Intensidade
Distância/tempo dos esforços
Exemplo de treino
Resistência
10-20% mais lento que o ritmo na maratona
Depende da corrida-meta
24 km
ritmo de corrida de 15 km a ½ maratona
15-40 minutos
Esforço de 25 minutos depois do aquecimento
Vo2 máximo
Intervalos longos
ritmo de corrida de 3 a 5 km
2-6 minutos
6 x 1 km
Velocidade
Intervalos curtos
Rápido mas relaxado
15-45 segundos
12 x 150 metros


Coloque os treinos do seu objetivo principal duas vezes na primeira semana e uma vez na segunda semana; inclua um treino do seu objetivo secundário a cada semana; e faça um treino do seu objetivo menor a cada duas semanas (é mais simples do que parece). Um exemplo de esforço forte para um bloco de treinamento em preparação para corridas de 5 a 10 km é apresentado na tabela abaixo.

Exemplo de bloco de treinamento: Esforços duros entre 10 e 7 semanas antes de competição de 5 ou 10 km

Semana
Quarta
Sexta
Domingo
1
Vo2 máximo
Tempo run
Vo2 máximo
2
Vo2 máximo
Tempo run
Corrida longa
3
Vo2 máximo
Tempo run
Vo2 máximo
4
Vo2 máximo
Tempo run
Corrida longa


Passo 8: Preencha o resto com seus treinos aeróbicos. Isso inclui condicionamento aeróbico geral e corridas de recuperação, assim como cross-training.
Corridas de condicionamento aeróbico geral elevam seu volume de treinamento e, desta forma, melhoram seu condicionamento aeróbico. Para corredores mais competitivos, essas corridas são geralmente de 50 a 70 minutos de duração e devem ser feitas em intensidade moderada. Corridas de recuperação o ajudam a recuperar-se para a sua próxima sessão de treino duro e devem ter de 20 a 45 minutos de duração. As corridas de recuperação devem ser inseridas no seu programa de treinamento antes e depois de treinos fortes e competições. Uma agenda típica para corredores que treinam 6 vezes por semana poderia incluir 3 treinos fortes, uma corrida de condicionamento aeróbico geral e duas corridas de recuperação.

É importante, tanto na corrida aeróbica geral quanto na de recuperação, evitar a tentação de ir muito rápido ou muito longe. Ao adicionar poucos quilômetros a mais ou correr muito rápido você pode esgotar-se, fazendo com que a qualidade dos seus treinos fortes caia. Elabore seu plano e o siga.
Alguns corredores de elite correm 7 dias por semana, e até 13 vezes por semana. Outros corredores competitivos correm de 5 a 6 vezes por semana e obtém condicionamento aeróbico adicional com cross-training. Isso geralmente consiste em ciclismo, natação e corrida na água substituindo as corridas aeróbicas gerais e de recuperação. E graças ao cross-training esses corredores raramente lesionavam-se.

Passo 9: Preencha atividades extra-corrida que irão ajudá-lo a alcançar sua meta na competição. Elas consistem de sessões suplementares de treinamento funcional, fortalecimento abdominal, musculação, pilates e sessões de alongamento, assim como fatores que ajudam a sua recuperação como massagem, ficar bem hidratado e manter um padrão de sono mais regular. Incluir fatores de estilo de vida como parte do seu plano de treinamento serve para lembrá-lo de cuidar de si mesmo. Para muitos corredores, são essas considerações "extra" que determinam se atingirão suas metas na corrida.

Passo 10: Depois da sua corrida-meta, tenha alcançado ou não o seu objetivo, avalie a eficiência do seu plano. Caso você tenha um treinador, vocês dois devem discutir juntos as suas impressões. Se não tem um treinador, então um parceiro de corrida poderá ajudá-lo a avaliar sua preparação e performance.
Se você alcançou sua meta, tente determinar que aspectos do seu plano genuinamente ajudaram. Foi o volume mais elevado, um polimento maior, melhor atenção à dieta, mais tempo runs, ou uma combinação de fatores?
Caso não tenha atingido sua meta, tente avaliar que fatores interferiram no seu caminho. Sua meta era realista? Lesões ou doenças atrapalharam e poderia você tomar medidas para reduzir a probabilidade delas acontecerem no futuro? Você treinou muito forte, perdeu treinos importantes ou fez os tipos errados de treinamento? Ao rever o sucesso de seu último plano de treinamento você aprenderá como desenvolver um planejamento mais eficiente para alcançar a sua próxima meta.


Fonte:  http://www.copacabanarunners.net/

TREINO E RECUPERAÇÃO



Uma das realidades da corrida é que se você faz um treino forte hoje, não será um corredor mais rápido no dia seguinte. De fato, no dia seguinte o atleta estará cansado e, desta forma, um pouco mais lento. Porém, em algum ponto, a fadiga do exercício irá dissipar e você se adaptará a um nível mais elevado. 
Isso leva a duas perguntas: 
1) Quantos dias depois do treino você pode de fato obter benefícios?; e 
2) Quanto tempo você deve manter entre treinos fortes ou entre um treino forte e uma competição? 

Vamos tentar responder a essas questões!

Para otimizar seu treinamento, você precisa encontrar o equilíbrio certo entre treinamento e recuperação. Treinos fortes causam fadiga imediata e avaria de tecidos. Dependendo da dificuldade da sessão de treinamento (e outros fatores discutidos abaixo), você pode precisar de 2 dias a 2 semanas para recuperação completa. Sua sessão de treinamento também fornece estímulo para seu corpo se adaptar, porém é preciso tempo para permitir a adaptação e melhora. 


Ligando e Desligando os Genes:

A intensidade, duração e freqüência (número de sessões por semana) do seu treinamento influenciam a taxa na qual seu corpo se adapta. As adaptações nos níveis hormonais, capacidade de queimar gordura, densidade dos capilares, etc; que resultam do treinamento, ocorrem devido às repetidas sessões de treinamento e não a um treino isolado. É como se o seu corpo devesse ser convencido que você está realmente levando o treino a sério antes de fazer as adaptações fisiológicas que o levam a um novo patamar.
O processo de adaptação começa com seus genes. O treinamento provê estímulo (por exemplo, esgotamento de glicogênio), o que liga e desliga genes específicos. Ao alterar a expressão dos genes, o treinamento muda a taxa de síntese e de quebra das proteínas. Por exemplo, treinamento de resistência liga os genes para a produção de proteína mitocondrial. Mais treinamento de resistência resulta em mais mitocôndria nos seus músculos, de modo que você pode produzir mais energia aerobicamente. Seus músculos e sistema cardiovascular adaptam-se durante dias e semanas devido ao efeito cumulativo do treinamento repetido.

Fatores que afetam a melhora:

Há grande variação, entre corredores, no tempo necessário para recuperar ou adaptar em função de um treino. Diferenças no tempo de recuperação e taxa de melhora são determinadas por fatores genéticos e de estilo de vida. Sua genética determina a predisposição para adaptação - alguns de nós são programados para adaptar mais rapidamente do que outros. Fatores relacionados ao estilo de vida como dieta, quantidade e qualidade do sono, saúde geral, idade (temos a tendência de recuperamos mais devagar com a idade), sexo (os músculos das mulheres tendem a se recuperar mais lentamente devido ao menores níveis de testosterona) e variados fatores de estresse como trabalho e relacionamentos; tudo isso influencia o quão rápido você recupera-se do treino e se adapta. 
Já que há uma grande variação entre os corredores em relação à quantidade de treinamento que podem tolerar em um dado período de tempo, você não deve simplesmente copiar o programa de treinamento do seu companheiro de corrida. Somente através da experiência você aprenderá a quantidade de treinamento pode suportar.

Tempo Necessário para Recuperação e Supercompensação:

Infelizmente, a literatura científica não dá evidência clara da quantidade de tempo necessária para ocorrerem os benefícios de uma sessão de treinamento individual. Experiências pessoais e conversas com treinadores e atletas indicam que 10 dias é a quantidade de tempo adequada para adaptar e colher as recompensas de maioria das sessões de treinamento forte. 
Dado que qualquer treino provê somente um pequeno benefício (na ordem de magnitude de menos de 1%), mas que um treino pode causar fadiga severa de curto prazo, é prudente errar para o lado da cautela, e permitir dias suficientes para total recuperação do treinamento antes de uma corrida importante.

A tabela abaixo dá linhas gerais sobre o tempo necessário para colher os benefícios dos 3 tipos principais de treinamento. A coluna "número de dias antes de corrida preparatória ou próximo treino forte" indica a quantidade de tempo típica necessária para a completa recuperação para cada tipo de treinamento. Apesar de você não ver os benefícios dos treinos desta semana no Domingo da competição, se fizer o treino no começo da semana irá recuperar-se o suficiente para que não haja efeito prejudicial na performance durante a prova. 
A tabela assume que nós geralmente tomamos parte em uma corrida preparatória ou fazemos o próximo treino forte quando a fadiga do treinamento prévio estiver reduzido, ao invés do que quando a supercompesação tiver ocorrido. Geralmente só para a competição que temos como meta principal é que damos tempo e descanso suficientes para obter os resultados máximos. 

Os treinos "Tempo runs" são os mais fáceis de se recuperar porque não danificam tanto o organismo quanto outros tipos de treino forte. Tempo runs não são rápidos o suficiente para causar muitos danos aos músculos, e nem longos o suficiente para esvaziar totalmente o glicogênio na musculatura. As corridas longas têm um maior grau de variabilidade no tempo de recuperação entre corredores, embora o reabastecimento das reservas de glicogênio somente requeira de 48 a 72 horas. 
A variabilidade no tempo de recuperação depende da genética e de fatores relacionados ao estilo de vida, já mencionados acima, assim como do tipo de percurso (descidas causam mais danos aos músculos e requerem maior tempo de recuperação). 
Treinamento intervalado geralmente requer o tempo mais longo para recuperação total porque coloca seus músculos e sistema cardiovascular sob mais estresse.

Tempo Mínimos entre Treinos Duros e Competições Preparatórias:

Tipo de treino
Exemplo de treino
Número de dias antes de corrida preparatória ou próximo treino forte
Dias antes da competição-meta
Tempo run
6,5 km no ritmo de corrida de 10 milhas 
3-5
6-8
Corrida longa
27 a 32 km
3-6
7-10
Intervalos no VO2 máximo 
6 x 800m no ritmo de corrida de 3 km
4-6
8-11




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