Nossa Missão:

COMO EDUCADORES FÍSICOS PREOCUPADOS COM O BEM ESTAR, A SAÚDE E A QUALIDADE DE VIDA DOS NOSSOS CLIENTES, TEMOS COMO MISSÃO:

- Oportunizar de maneira Programada, Orientada, Segura e Saudável uma Atividade Física Agradável, Prazerosa, Motivante e de Fácil Acesso, de preferência ao Ar Livre e em Ambientes Naturais.
Queremos com isso Desenvolver e Aprimorar as Capacidades Aeróbias e Anaeróbias, da Resistência e Força Muscular, da Velocidade e Potência, da Agilidade e Equilíbrio, e também da Flexibilidade. E ainda promover a Sociabilização!
Competir, Chegar em Primeiro, Treinar Mais, Correr Mais, Reduzir Tempos... Isso não é mais Importante do que Viver Mais e Melhor!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

FREQUÊNCIA DE PASSADAS



Quando o assunto é evitar lesões em corredores, geralmente leva-se em consideração estes quatro pontos principais:
. Não aumentar a quilometragem mais que 10% por semana;
. Usar tênis de corrida adequado;
. Evitar pisos muito duros, inclinados ou irregulares e;
. Não aumentar volume e intensidade do treinamento simultaneamente.

Entretanto, uma variável tão importante quanto as citadas acima porém quase nunca lembrada, é a freqüência de passadas. Segundo Jack Daniels, no livro Daniels' Running Formula, corredores de elite tendem a ter uma freqüência de passadas sempre maior que 180 passos por minuto (Daniels' Running Formula, Jack Daniels, Human Kinetics, pg 80). Isso significa que eles dão mais de 90 passos em cada pé por minuto, freqüência esta que não varia muito mesmo que não estejam correndo rápido.

Bem diferente que a freqüência de passadas da elite é a dos corredores iniciantes. Daniels sempre manda os alunos de sua classe para iniciantes contarem a sua freqüência de passadas. O resultado é que quase nenhum tem mais que 180 passos por minuto, sendo que a maioria fica em torno de 160.


Mas qual é o problema de se ter uma baixa freqüência de passadas? 

O principal, segundo Daniels, é que quanto mais lenta for a sua passada, mais tempo você ficará no ar e, quanto mais tempo ficar no ar, maior será o impacto quando aterrissar no chão. Considerando-se que muitas lesões em corredores são provocadas pelo impacto, não é surpresa para Daniels que corredores experientes tendem a ter a freqüência de passadas maior que os iniciantes. Ele afirma que, se um corredor iniciante começar um programa de alta quilometragem, duas coisas podem acontecer: ou ele terá um grande número de lesões ou aprenderá a ter uma alta freqüência de passadas. Além de prevenir lesões, correr numa alta freqüência de passadas, por ser mais eficiente, consome menos energia do corredor.
Jack Daniels e sua mulher compararam a freqüência de passadas dos atletas na olimpíada de 1984. A maior estava entre os corredores de 800m, depois dos de 1.500m. Entretanto dos corredores de 3.000m aos maratonistas havia pouca variação na freqüência de passadas. De fato, as mulheres davam apenas poucos passos a mais do que os homens, que corriam mais rápido.
Jack Daniels aconselha treinar o aumento da freqüência de passadas durante os treinos leves. Tente correr na mesma velocidade que geralmente imprime neste treinos porém com uma maior freqüência de passadas.

Comprimento de Passada: 
Podemos definir o comprimento das passadas como a distância entre o contato de um dos pés com o solo até o próximo contato do mesmo pé. 

Frequência de Passada: 
Já a freqüência das passadas é definida como o número de passadas apresentado em um determinado tempo.
Cada corredor apresenta uma faixa de variação do comprimento e freqüência das passadas. Quanto maior a estatura do corredor, e/ou seu comprimento de pernas, maior poderá ser seu comprimento das passadas. Por outro lado, longas passadas geram maior impacto do pé com o solo. 
Já o oposto ocorre com a freqüência das passadas; quanto maior a estatura do corredor, e/ou seu comprimento de pernas, menor poderá ser sua freqüência (Hay, 1985).

Vários experimentos indicam que maiores comprimentos das passadas geram melhores resultados, porém existe uma faixa de variação onde isso ocorre. Foi verificado que corredores apresentam maior economia em sua atividade quando utilizam o comprimento das passadas ao qual estão acostumados. 
No entanto, podemos verificar a evolução de um corredor iniciante pelo aumento de seu comprimento das passadas no decorrer dos anos de treino. Devemos ressaltar que a mudança no comprimento da passada deve ser observada em longo prazo, pois a mesma deve ser gradativa.
Já a freqüência das passadas contribui para o aumento ou diminuição instantânea da velocidade. 
Normalmente, o corredor se sente confortável utilizando uma pequena variação do comprimento das passadas e, caso necessite de um aumento imediato de velocidade, utiliza-se de um aumento da freqüência das passadas. 
Podemos verificar isso em determinados momentos durante uma competição. É claro que o aumento do comprimento das passadas pode também ser observado, porém, o mais comum, realmente, é observar o aumento da freqüência das passadas para se obter um aumento instantâneo da velocidade.
Podemos notar que existe uma relação matemática entre a velocidade, o comprimento das passadas e a freqüência das passadas. A velocidade do corredor pode ser calculada através do produto do comprimento das passadas e a freqüência das passadas (Hay, 1985).

Velocidade = comprimento das passadas x freqüência das passadas.

Se um corredor apresenta um comprimento das passadas grandes e uma freqüência pequena pode desenvolver a mesma velocidade de um corredor com pequeno comprimento das passadas e grande freqüência. 
Não existe combinação ideal entre comprimento e freqüência das passadas. Estes valores variam de corredor para corredor. Porém, voltamos a salientar que, para melhorar a velocidade, o aumento em longo prazo do comprimento da passada e o aumento em curto prazo da freqüência de passadas são importantes.

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